Alguns tipos da planta, denominada de “aço verde” ou “madeira do futuro”, têm resistência de até 100 MPa e podem atuar como elemento estruturante

Na Índia, Indonésia e China, e em países sul-americanos, como Colômbia, Peru e Equador, o emprego do bambu em substituição ao aço, junto a estruturas de concreto armado, já é realidade. Há mais de um século, a engenharia civil destas nações incorpora a planta à construção de casas populares e prédios habitacionais com até quatro pavimentos. Os bons resultados estimulam o Brasil a começar a testar essa tecnologia. “Dependendo da espécie, maturidade, tratamento e teor de umidade, o bambu pode ser empregado com eficiência como elemento de colunas e vigas estruturais, suportando cargas bem altas”, explica Vitor Hugo Silva Marçal, secretário-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Bambu (APROBAMBU).

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A cada momento busca-se inovação em todas as áreas. E na construção não é diferente. A ideia de substituir o aço utilizado para armar o concreto não é algo novo. Nos países em desenvolvimento, que não têm reservas próprias de ferro, esta mudança de paradigma pode se tornar uma necessidade – a fim de que não precisem mais importar grandes volumes de matéria bruta para suas siderúrgicas. A saída está no bambu. Abundante, sustentável e extremamente resistente, o bambu tem o potencial de se tornar futuramente um substituto ideal nos locais onde o aço não pode ser produzido.
O laboratório Future Cities (http://www.futurecities.ethz.ch/), com um de seus centros de estudos em Cingapura, está pesquisando a substituição da armação metálica no concreto armado por tramas de bambu, a serem utilizadas em lajes, vigas e pilares.
Os testes usam composto de bambu processado à compressão, com adição de material adesivo – o que o torna resistente a tensões estruturais e, portanto, mais durável.
A técnica ata trechos de fibras em feixes, em três pontos (nas pontas e pelo meio). O bambu utilizado é o chinês, de plantas de pelo menos cinco anos de idade, e o material utilizado para fazer a junção das fibras é uma resina à base d’água (baixa concentração de compostos orgânicos voláteis).
Plantas são previamente carbonizadas a fim de minimizar suas concentrações de água e de açúcares. Depois de misturadas ao adesivo, os cordões de fibra são pressionados numa fôrma, para que atinjam espessura e forma desejadas. Os testes têm sido realizados com moldagem por compressão, a quente e a frio.
“A ideia nos testes é usar a mistura de concreto comum – e não um traço especial, nem colocar aditivos à mistura que possibilitem ao bambu se adaptar ao sistema, para resistir à função estrutural”, conta Hebel, (professor de arquitetura e construção do Future Cities Dirk Hebel, que investiga um composto fibroso a partir do bambu)

Fonte: http://www.homedecore.com.br/laboratorio-testa-bambu-para-substituir-aco-na-construcao/